terça-feira, novembro 08, 2005
Ontem, de Serviço
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- Quem é a dona Cesaltina Silva??
Perguntei à porta da sala de espera em frente dos balcões. Já me tinham explicado o caso: uma senhora de setenta e muitos anos, a tomar regularmente anti-inflamatórios - tipo aspirina - por dores articulares e que apresentava, desde há alguns dias, fezes negras sugestivas de hemorragia digestiva. Apesar de "estar clinicamente bem" e não ter anemia significativa, justificava-se a realização de uma endoscopia.
- Sou eu, doutor...
Respondeu-me uma velhota, pequenina e encarquilhada, de lenço na cabeça e vestida de preto, sentada num dos cadeirões. Abeirei-me dela e expliquei-lhe o que pretendiamos fazer, a endoscopia: para saber se tinha ou não feridas no estômago, se podia ou não ir para casa e que tratamento iriamos fazer.
- O doutor é que sabe!
Foi a resposta do costume.
- Então venha lá comigo!
Ao dizer isto, pus-lhe a mão no ombro, para a ajudar a levantar-se. Ela, aproveitou a embalagem, levantou-se, passou-me o braço em volta da cintura e disse - Então vamos!
E lá fomos abraçados, pelo corredor das Urgências, fazer a endoscopia.
- Quem é a dona Cesaltina Silva??
Perguntei à porta da sala de espera em frente dos balcões. Já me tinham explicado o caso: uma senhora de setenta e muitos anos, a tomar regularmente anti-inflamatórios - tipo aspirina - por dores articulares e que apresentava, desde há alguns dias, fezes negras sugestivas de hemorragia digestiva. Apesar de "estar clinicamente bem" e não ter anemia significativa, justificava-se a realização de uma endoscopia.
- Sou eu, doutor...
Respondeu-me uma velhota, pequenina e encarquilhada, de lenço na cabeça e vestida de preto, sentada num dos cadeirões. Abeirei-me dela e expliquei-lhe o que pretendiamos fazer, a endoscopia: para saber se tinha ou não feridas no estômago, se podia ou não ir para casa e que tratamento iriamos fazer.
- O doutor é que sabe!
Foi a resposta do costume.
- Então venha lá comigo!
Ao dizer isto, pus-lhe a mão no ombro, para a ajudar a levantar-se. Ela, aproveitou a embalagem, levantou-se, passou-me o braço em volta da cintura e disse - Então vamos!
E lá fomos abraçados, pelo corredor das Urgências, fazer a endoscopia.
